O Florescer de Nietzsche

Era uma vez uma cidade cristã e morta. Seus habitantes eram tristonhos e não conheciam nada além da bíblia e seus dogmas severos e limitantes.
Um dia, um simpático velhinho, Nietzsche, chegou na cidade. Decidira passar seus últimos dias de sífilis em descanso.
Vendo a tristeza da cidade e sendo ele o filósofo da vida, decidiu mudar aquela realidade com pequenos gestos, já que não podia fazer muito, estando velho e débil.
Um dia, ofereceu a uma graciosa menina uma flor. Ao entregá-la, sussurrou:

“Deus está morto”

Chocada, a garotinha correu para casa e contou aos pais. A semente estava plantada.
Os dias passaram e a cidade floresceu. Pouco a pouco, a novidade se espalhou e podia-se ver o lugar se tornar vivo e orgânico, como se veias pulsassem sangue de um coração antes adormecido.
Por fim, satisfeito com sua última missão, o velho Nietzsche descansou, caindo nos braços de Zarathustra que o levou para o repouso do vazio.

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