Narrar histórias é uma arte antiga, que tomou muitas facetas no decorrer dos séculos . Escolher o gênero literário, pessoa gramatical, estrutura a ser usada, entre outros, é um trabalho que requer muita disciplina. Muitos começam desde cedo, com um dom natural que evolui para algo maior com o passar dos anos. Meu exemplo é um pouco diferente, onde juntou frustração profissional, crises existenciais e amigos com podcast.
Quando criança, vivia desenhando, seja em casa ou na escola, tentando imitar as artes do desenhistas da Marvel e DC que estavam em alta na época, como Jim Lee, Todd Mcfarlane, entre outros. Heróis e vilões atropelavam as páginas das matérias, o que aborrecia algumas das professoras. Em casa, criava HQs autorais com heróis que eram mera imitações do que gostava. Ainda tenho algumas dessas, talvez poste aqui algum dia.
No entanto, a vida adulta chegou e o projeto de arte foi enterrado pelo capitalismo, onde precisei trabalhar para ajudar em casa. Passado os anos, estava ainda estudando na Fatec e fazendo estágio na área. Chegado os trinta anos de idade, começou a surgir dentro de mim uma vontade de escrever, mas não sabia exatamente o quê. O Cyberpunk sempre foi uma constante na minha vida, e conhecia poucos brasileiros que se aventuravam no gênero. Sentia-me frustrado com a vida profissional e precisava de uma válvula de escape para fugir.
Existem três pessoas que devo agradecer por ter me incentivado a começar a escrever. Marcelo Andere, amigo de adolescência e que estudava na Fatec comigo, o qual ouviu as primeiras vezes onde eu disse que pensava a começar a escrever. Bruno Trindade, que era membro do podcast Renegados Cast e me incentivou a enviar o primeiro conto para uma coluna do portal deles. E por último, o saudoso Giovani Arieira, que assim como eu, era ouvinte do podcast e já havia publicado com eles alguns dos seus contos. Ver alguém como ele, que mesmo sendo um acadêmico atarefado, ser capaz de contar suas histórias foi um fator definitivo para começar.
Por fim, comecei a escrever histórias que gostaria de ler. Hoje em dia, ressignifiquei o motivo de escrever, mas isso é tema para outro post.
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